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O ateísmo era, segundo o próprio Lenin, uma característica da maioria dos socialistas. Para Lenin deveria haver a separação entre igreja e Estado, mas ele defendia o direito privado de se ter uma religião.
"A religião deve ser declarada um assunto privado — com essas palavras se exprime habitualmente a atitude dos socialistas perante a religião" (LENIN, 1905).
A proposta de Lenin em relação a esse tema era a de que houvesse uma separação entre religião e Estado:
"Completa separação entre Igreja e Estado — eis a reivindicação que o proletariado socialista apresenta ao Estado e à Igreja atuais" (LENIN, 1905).
Lenin defendia a igualdade de direitos entre os cidadãos (independentemente de terem ou não religião), chegando a afirmar que eram "(...) absolutamente inadmissíveis quaisquer diferenças entre os cidadãos quanto a seus direitos conforme suas crenças religiosas" (1905).
Em suma, Lenin defendia o que conhecemos hoje como Estado laico:
"Exigimos que a religião torne-se um assunto privado em relação ao Estado, mas não podemos de modo algum considerar a religião um assunto privado em relação a nosso próprio partido. O Estado não deve manter conúbio com a religião, e as sociedades religiosas não devem ligar-se ao poder estatal. Cada um deve ser absolutamente livre para professar qualquer religião ou para não reconhecer nenhuma" (LENIN, 1905).
Lenin adotava uma compreensão materialista do mundo, mas a questão religiosa não era tema central da propaganda de seu partido. A concepção de que a religião leva a aceitação da pobreza e da injustiça social porque haveria uma recompensa após a morte era, para Lenin (1095), um entorpecimento que ocorria somente em decorrência da exploração na qual os trabalhadores se encontravam.
Alguns marxistas não soviéticos apontam desvantagens de uma postura anti-religiosa.